sexta-feira, 12 de outubro de 2007

* SEM TÍTULO

"Impulsividade. Instabilidade emocional. Baixa tolerância à frustrações. Histórico de relações difíceis. Carência crônica e medo do abandono. As pessoas a sua volta são consideradas ótimas, mas frente a recusas tornam-se péssimas rapidamente, sendo desconsideradas as qualidades anteriormente valorizadas.

Estudos confirmam que pessoas que apresentam esse tipo de comportamento podem ser consideradas Borderlines. O Transtorno Borderline, como é conhecido é uma vertente de uma doença conhecida como Transtorno de Personalidade, aonde o indivíduo apresenta traços de personalidade muito inflexíveis e mal – ajustados, ou seja, prejudicam a adaptação do indivíduo às situações que enfrenta, causando a ele próprio, ou mais comumente aos que lhe estão próximos, sofrimento e incomodação. O que as vezes parece apenas uma fase na vida da pessoa (tendo em conhecimento que esse tipo de doença se manifesta normalmente no final da adolescência), pode se tornar doença séria se não descoberta e tratada logo.Alguns filmes já abordaram o tema, com uma questão polêmica: o Cutting. Praticado por grande parte dos Borderlines, o cutting é uma prática destrutiva e perigosa, que apresenta sinais de depressão e tendências suicidas.
O filme “Aos treze” por exemplo conta a história de Tracy, uma garota que vai de desconhecida à popular do colégio quando começa á andar com Evie, que á leva ao caminho das drogas e da exposição da sexualidade promíscua.Adolescentes nessa idade são influenciáveis e ainda não têm a personalidade formada. Enquanto procuram se encontrar, passam por crises que muitas vezes não querem/ conseguem suportar,o que os leva á praticar atos que os dispersem da realidade.
É o caso do cutting, citado no filme. A garota em questão (Tracy) se corta cada vez que tem alguma briga com a mãe. A dor é uma forma de alívio e de esquecer os problemas. O cutting é bastante comum, apesar de não ser reconhecido pela maioria das pessoas que sofrem direta e indiretamente. É muito difícil para um pai aceitar que o filho se corta, se auto-mutila como forma de fugir dos problemas. A questão do álcool e das drogas é bem mais aceita na sociedade atualmente. Também é difícil para o jovem admitir que está doente. Em sua cabeça, ele tem controle sobre si mesmo, assim como podemos observar em qualquer pessoa que tenha problema com drogas. “Eu sempre sei quando parar”.
Porém, mesmo sendo bastante freqüente, a prática de se auto-mutilar não é unânime entre os borderlines, que muitas vezes ficam presos apenas às suas preocupações e seu alter-ego. Não chega á ser egoísmo. Um borderline normalmente apresenta um histórico considerável de relacionamentos complicados (na grande parte, familiar. Aonde trazem algum trauma de infância) e sentem um medo exagerado do abandono. Estão á todo momento achando que serão abandonados. Apresentam também um quadro de instabilidade no humor, assim como outros sintomas físicos como:
- insônia ou sonolência em demasiado
- falta de apetite
- agressividade, em momentos de contrariação.
O mínimo sinal de rejeição é aceito como ofensa. A questão é: como tratar esse tipo de doença?
O tratamento desses transtornos baseia-se na Psicoterapia e Psicanálise. Algumas vezes deve-se também tratar outros transtornos que se desenvolvem juntamente com esses, e na maioria das vezes, por causa desses. Aparece comumente depressão e ansiedade associados a esses transtornos. A procura pelo atendimento é geralmente estimulada pelos amigos e familiares, que são muito mais incomodados pelo transtorno que o próprio indivíduo. Não se pode esquecer que muitas dessas características fazem parte dos traços normais de muitos indivíduos, e somente quando esses traços são muito rígidos e não adaptativos é que constituem um transtorno."

http://galileu.globo.com/edic/94/comportamento1.htm

Nenhum comentário: