quinta-feira, 27 de agosto de 2009

* FORAM ANOS INCRÍVEIS...

"Era uma vez uma garota que morava do outro lado da rua. Cabelos castanhos, olhos castanhos. Quando ela sorria, eu sorria. Quando ela chorava, eu chorava. Tudo que me aconteceu de importante tinha, de alguma maneira, algo a ver com ela. Naquele dia Winnie e eu prometemos estar juntos pra sempre, não importando o que acontecesse. Uma promessa cheia de paixão, verdade e sabedoria. O tipo de promessa que só corações jovens podem fazer."

Por muito tempo eu fui a garota do outro lado da rua, achei que nada mudaria. As coisas eram muito claras há 16 anos atrás. Não eram fáceis, mas eram claras.
Cresci assistindo "Anos Incríveis" como se assistisse a episódios da minha própria vida. Toda tarde me sentava no sofá da sala e via Kevin narrar fatos de sua vida na escola, na rua, em casa, com Paul, Winnie... e fazer isso, de alguma forma, amenizava a saudade que eu sentia.
Saudade de alguém que representava um Kevin Arnold pra mim, alguém em quem eu projetei a história da série, como se pudesse ser tudo igual. Mas há de se imaginar que não foi. Foi parecido, mas não foi igual. No verão de 94 mudamos pra escolas diferentes e eu nem imaginava o tempo que levaria até encontrá-lo novamente. "Eu nunca soube, até aquele momento, o quanto doía perder algo que você realmente nunca teve."
[...] "Então, Winnie e eu dançamos nossa música lenta. As coisas não seriam mais iguais entre nós. Estávamos crescendo. E, quiséssemos ou não, as Lisas Berlinis e os Kirks McCrays nos mudariam para sempre. Só podíamos fechar os olhos e desejar que a música lenta nunca acabasse."
Talvez ainda seja o efeito de ter aparecido uma "Lisa Berlini" na história, mas as coisas não são mais as mesmas. A amizade, o amor, a cumplicidade, o que fazia os anos serem incríveis...
Nunca imaginei que pudesse ser diferente e o impacto que essa mudança causou me afetou profundamente. Já dizia o Kevin que crescer não era fácil. E assim como Winnie eu também nunca tive certeza do que queria, talvez nem do que sentia, o que de fato importava era o "estar junto", mas isso não faz diferença agora. A música lenta parou de tocar.

"Would you believe in a love at first sight? I'm certain it happens all the time. What do you see when you turn off the lights? I can't tell ya, but it sure feel like mine." WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS (The Beatles)

*Na abertura da série a música é uma versão de Joe Cocker.

2 comentários:

Vitor disse...

Até Arrepia!!

Diário de um amor eterno disse...

Nossa música nunca vai parar de tocar. E, do nosso jeito, temos um ao outro pra sempre. Amo você!